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Manchete nos Jornais para esta Quinta-Feira 19 de Agosto de 2010

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Sem recursos e santinhos – Venezuela: Resposta à censura – E quando o dinheiro voltará para o cofre? – PF investigará atentado a juiz eleitoral – Filha dos Villela pede HC e ataca investigação – Venezuela censura em plenas eleições – ‘Demos um couro em todo mundo’ – Presidenciáveis elevam tom de ataques em novo debate – Numerologia eleitoral – Presidenciáveis elevam tom de ataques em novo debate – Após atentado, STF quer juízes sob proteção policial – Dobra número de empresas vendidas para estrangeiros – Ao completar cinco anos, CNJ enfrenta divisão ideológica…

FOLHA DE S. PAULO

Candidatos distorcem dados sobre saneamento e ensino
Saneamento e ensino técnico, dois dos temas mais abordados nesta campanha pelos dois principais candidatos ao Planalto, foram tratados à base de dados falaciosos e comparações distorcidas no debate de ontem.
Uma tentativa de acusação de José Serra ao governo Luiz Inácio Lula da Silva acabou exemplificando, involuntariamente, mais identidades que diferenças entre as administrações dos arquirrivais tucanos e petistas.
Ao prometer zerar os tributos federais sobre o saneamento, Serra culpou Lula pelo aumento das alíquotas de PIS e Cofins, duas contribuições federais, sobre as obras do setor -um feito que, como outros do lulismo, tem suas raízes no tucanato.
Uma lei aprovada em 2002, último ano do governo FHC, mudou a forma de cálculo e elevou de 0,65% para 1,65% as alíquotas do PIS.
A mesma lei determinou que o mesmo deveria ser feito até 31 de dezembro de 2003 com a Cofins, cujas alíquotas saltaram, já sob Lula, de 3% para 7,6% -a mesma taxa de aumento utilizada no PIS.
A proposta de Serra foi microscópica: a desoneração do saneamento traria um alívio de R$ 2 bilhões em uma arrecadação total de R$ 1,2 trilhão, somando União, Estados e municípios.

Serra parte para o ataque
O primeiro debate presidencial Folha-UOL com transmissão ao vivo pela internet marcou mudanças de tom da campanha eleitoral e introduziu o enfrentamento mais direto entre os dois principais adversários.
José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) trocaram insultos e farpas nas quase três horas de embate. O tucano, oito pontos atrás da petista na mais recente pesquisa Datafolha, foi mais agressivo. Acusou a rival de “mentir” e a chamou de “ingrata”. A petista revidou com ataques à gestão FHC.
Em terceiro lugar, Marina Silva (PV) poupou Dilma e concentrou suas críticas em Serra, numa clara inflexão de sua estratégia até então.
O clima no Tuca, teatro onde se realizou o debate, foi quente. Na plateia, aliados dos candidatos puxaram aplausos e reações aos adversários. Fora, houve protestos de estudantes, grevistas e gays

Educação e reformas são temas centrais
Num debate marcado pela troca de farpas e pela polarização entre PT e PSDB, educação e reforma política foram os temas programáticos mais tratados pelos candidatos nos blocos em que trocaram perguntas entre si.
Temas que têm pautado a campanha, como segurança pública, política externa e programas de transferência de renda, como o Bolsa-Família, foram ignorados pelos candidatos à Presidência.
Marina Silva (PV) usou uma pergunta de José Serra (PSDB) sobre o ensino técnico para criticar a qualidade das escolas paulistas: “Infelizmente, mesmo com 20 anos de governo do PSDB, temos graves problemas”, disse, aumentando o período correto em quatro anos.

Perdeu-se a chance de pôr pingos nos “is” da economia
Engessados pelas regras que suas próprias assessorias impuseram, os candidatos à Presidência só resvalaram em temas de interesse da maioria da população. Isso de forma desorganizada, omissa ou enganosa. Mas a maior bobeada nessa área coube à petista Dilma Rousseff ao responder a comentário de José Serra.
Para o tucano, Dilma tem mostrado “satisfação” com o nível da carga tributária no Brasil, a maior entre os emergentes. É algo que incomoda 95% dos eleitores, segundo pesquisa de ontem da federação das indústrias do Rio. Na bola fácil levantada por Serra, Dilma se embananou. Em vez de nocautear o adversário, recorreu a algo inexistente: uma certa “prática sistemática” de redução de tributos no governo Lula.

Dilma Rousseff fez exames de rotina no Hospital Sírio-Libanês
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, passou por uma bateria de exames no hospital Sírio-Libanês na noite de ontem, em São Paulo. A ex-ministra da Casa Civil fez um check-up e exames de imagem mais detalhados. De acordo com uma fonte ouvida pela Folha, tais exames, cujos resultados já saíram, mostram que a petista está curada do câncer linfático do qual se tratou no ano passado.
Dilma foi atendida pelos médicos Roberto Kalil Filho, cardiologista, Paulo Hoff, oncologista clínico, e Yana Augusta Sarkis Novis, hematologista.

Principal marca do encontro foi a guinada de Marina
Houve, de fato, debate. (…) Serra e Dilma fizeram o seu duelo. Ele a chamou de “ingrata” e tentou desqualificá-la, dizendo que fazia questões sopradas por assessores.
Mas Dilma não ficou na defensiva. “Discutir saneamento é algo que você não deveria tentar”, disse ao tucano, numa das várias refregas.
A novidade política do debate, porém, ficou por conta da estratégia de Marina. Desde início do encontro Folha-UOL, a candidata verde fustigou o tucano -“como nunca antes nesta eleição”.
Fez isso de várias maneiras. Veladas, ao tratá-lo com formalismo irônico (“governador Serra”, “o senhor” etc.). Mas também explicitamente, ao ridicularizar a “favela virtual” de seu programa eleitoral na TV ou insistir no mau exemplo que os tucanos dariam na condução da educação em São Paulo.
Foi tão ostensiva que, já no primeiro intervalo, um petista graúdo festejava: “Isso é efeito da pesquisa; ela só vê chance de crescer em cima do Serra”. Sim, é isso, mas talvez seja também um sinal de que Marina escolheu seu lado em eventual 2º turno.
Do meio para o final do debate, Marina ajeitou seu discurso e fez críticas à “infantilização” da política patrocinada por Lula e Dilma (“pai dos pobres”, “mãe do PAC”, gugu-dadá etc.).

Estudantes, militantes gays e grevistas fazem protestos
Palco de protestos pela redemocratização na época da ditadura e de produções teatrais históricas, o Tuca, teatro da PUC onde ocorreu o debate Folha/UOL, foi cenário de manifestações contra os três candidatos do lado de fora.
Na chegada, Dilma Rousseff (PT) foi cercada por estudantes. Sabrina Mertens, 18, a chamou de “terrorista” e conseguiu entregar à candidata uma cópia de uma ficha sem autenticidade comprovada com referências a sua atuação durante a ditadura.
Dilma reagiu com calma, pegou o papel das mãos da estudante, o dobrou e seguiu seu caminho.
“Se ela respondeu a acusações, acho que eu tenho o direito de saber por que”, justificou a estudante.
O candidato do PSDB também foi alvo de ataques. José Serra foi chamado de “fascista” pelos universitários.

‘Vacina’ de Lula desarma discurso da oposição
Uma das ultimas cartas de que a oposição acredita dispor é lembrar ao povo brasileiro, com a força repetidora da propaganda de TV e rádio, que no próximo 31 de dezembro Lula “irá embora”, deixando em seu lugar, a depender do resultado das urnas, “uma mulher que ninguém conhece”. Esse é o assunto de várias vinhetas musicais preparadas pela campanha de José Serra.
Lula, porém, embaralhou os planos do adversário logo no primeiro dia do horário eleitoral, afirmando que não pretende ir embora, mas sim “viajar este país inteiro”, e, “se tiver alguma coisa errada, pegar o telefone e ligar para minha presidenta”.
Ontem, no debate Folha/ UOL, a própria Dilma Rousseff se encarregou de dizer que o presidente lhe “prometeu” se dedicar à construção do ambiente para uma reforma política, a ser feita possivelmente por meio de Constituinte exclusiva.
No governo, ouve-se que Lula funcionaria, em caso de vitória de sua candidata, como uma espécie de “articulador político informal”.

Coligações nos Estados rifam tucano na TV
Na estreia da propaganda gratuita dos candidatos a governador, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foi deixado de lado ou fez apenas aparições discretas nos programas de rádio e TV de seus aliados nos Estados.
Já na propaganda dos candidatos da base do governo federal, o presidente Lula foi a principal estrela -e a presidenciável petista Dilma Rousseff, sua coadjuvante.
Serra não teve sua imagem mostrada nem seu nome citado nas propagandas dos candidatos a governador Yeda Crusius (PSDB-RS), Joaquim Roriz (PSC-DF), Marcos Cals (PSDB-CE), Paulo Souto (DEM-BA) e Rosalba Ciarlini (DEM-RN).
Em Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB) só mostrou imagens do tucano no programa da noite.
O início da propaganda na TV coincide com o momento em que Serra aparece pela primeira vez atrás de Dilma em pesquisa Datafolha.

Estreia na TV abre crise na campanha de Marina
O programa de estreia de Marina Silva no horário eleitoral gratuito abriu uma crise no PV. Coordenador da campanha no Rio, o presidente regional do partido, Alfredo Sirkis, definiu a peça como um “desastre ecológico”.
Ele cobrou mudanças publicamente, em seu blog. “Não estamos numa situação que nos permita cometer erros básicos de comunicação política”, escreveu Sirkis, que coordenou a campanha nacional até junho.
O vice Guilheme Leal admitiu a repercussão negativa e defendeu alterações na linha da propaganda. A estreia exibiu imagens ecológicas e limitou a aparição da senadora a quatro segundos. Para o empresário, a imagem de Marina precisa ser mais usada a partir de hoje, no segundo dia de campanha presidencial na TV. “Foi só um start”, justificou, referindo-se à estreia.

Sem acordo, agentes prisionais saem da Câmara
Os agentes penitenciários que ocupavam a Câmara desde a noite de terça deixaram o local no início da tarde de ontem sem ter garantias da votação da PEC (proposta de emenda constitucional) que cria a Polícia Penal.
Entoando o hino nacional, os manifestantes saíram pacificamente. Anteontem, eles entraram em confronto com a Polícia Legislativa, que impedia a passagem deles até o salão verde, que dá acesso ao plenário. Não havia deputados na Casa.
Antes de saírem da Câmara, o grupo, de cerca de 200 pessoas, aprovou um indicativo de greve nacional da categoria.

Presidente do TRE de Sergipe é alvo de atentado
O desembargador Luiz Antônio Araújo Mendonça foi alvo de atentado a tiros, disparados contra seu carro. O magistrado ficou ferido por estilhaços, mas seu motorista, o cabo da PM Jailton Batista Pereira, foi baleado e está em estado grave. A PF vai apurar se há motivação eleitoral.

Venezuela proíbe jornais de publicar fotos violentas
Um tribunal de Caracas proibiu todos os jornais da Venezuela de publicar, por um mês, imagens “violentas, sangrentas e grotescas” para proteger crianças e adolescentes. Jornais locais e associações internacionais de imprensa classificaram a sentença de censura prévia.
A decisão foi tomada anteontem à noite em resposta a um processo aberto a pedido do Ministério Público e da Defensoria do Povo, equivalente à Ouvidoria Pública, para investigar a publicação de uma foto do necrotério de Caracas na edição de sexta-feira do jornal “El Nacional”.
A fotografia, que o jornal de oposição ao governo diz ser de dezembro de 2009, mostra cadáveres em macas e no chão, sugerindo o colapso operacional do necrotério de Bello Monte, o único da cidade. Na segunda, o também oposicionista “Tal Cual” reproduziu a foto.

O ESTADO DE S. PAULO

Conselho de Justiça amplia benefícios para juízes federais
O Conselho Nacional de Justiça decidiu, por 10 votos a 5, que os magistrados federais devem ter as mesmas vantagens dadas a integrantes do Ministério Público Federal. Desse modo, os juizes, que já gozam de dois meses de férias por ano, poderão vender 20 dias, Outros benefícios incluem auxílio-alimentação, licença-prêmio e licença sem remuneração para tratar de assuntos particulares, Para a Associação dos Juízes Federais do Brasil, autora do pedido julgado pelo CNJ e que classificou a decisão de “histórica”, a simetria entre as carreiras está prevista na Constituição. No Supremo Tribunal Federal, porém, há uma súmula segundo a qual o Judiciário não tem função legislativa e não pode elevar vencimentos de servidores sob fundamento de isonomia.

Campanhas estaduais na TV ignoram Serra
No primeiro dia do horário eleitoral gratuito dos candidatos a governador, o presidenciável do PSDB, José Serra, foi ignorado pela maioria dos aliados que dão sustentação a sua candidatura à Presidência. A candidata do PT, Dilma Rousseff, aparece logo depois do presidente Lula como a principal estrela nos filmetes.
Levantamento feito nos programas na televisão que foram ao ar ontem, às 13 horas, em todos os Estados – exceto Rondônia – e no Distrito Federal, mostra que o tucano foi citado explicitamente, e uma única vez, por apenas um candidato: o paulista Geraldo Alckmin (PSDB).
Principais aliados do tucano em Estados considerados estratégicos não fizeram uma única menção à sua candidatura. Foi o caso dos candidatos na Bahia, no Rio Grande do Sul e até em Minas Gerais, onde Serra apareceu apenas num clipe que ilustrava o jingle do candidato a governador, Antonio Anastasia (PSDB).

Lula ‘vende’ Mercadante e Alckmin oculta Serra
Tucano só faz citação discreta a presidenciável e exclui de currículo passagem por seu governo
Os candidatos Geraldo Alckmin (PSDB) e Aloizio Mercadante (PT), os mais bem colocados nas pesquisas para o governo de São Paulo, estrearam ontem no horário eleitoral gratuito seguindo estratégias parecidas com as adotadas pelos presidenciáveis de seus partidos.
O primeiro programa petista na TV, às 13 horas, teve o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo voto para Mercadante. O segundo, levado ao ar à noite, foi quase todo dedicado a um “bate-papo” entre os dois. Já a propaganda de Alckmin, repetida nos dois horários, fez menção a José Serra, mas de forma discreta.
O vídeo tucano não exibiu nenhuma imagem de Serra em 6min56s de duração. A exposição do presidenciável foi maior ontem nos horários reservados aos senadores da coligação – Orestes Quércia e Aloysio Nunes Ferreira – do que no tempo concedido a Alckmin.

Tucano eleva o tom contra Dilma
No caso da propaganda eleitoral gratuita da TV, transmitida para todo o País, o presidenciável José Serra, do PSDB, ainda não definiu o momento certo para iniciar o ataque pesado contra Dilma Rousseff, candidata do PT e líder nas pesquisas eleitorais. Sabe-se apenas que virá. Para plateias mais restritas, porém, o tucano acredita que chegou a hora.
Foi isso o que se viu ontem no encontro promovido pela Folha/UOL, com transmissão ao vivo pela internet, com a presença de Serra, Dilma e Marina Silva, do PV. Entre as várias investidas que fez contra a petista, referiu-se a ela como “ingrata” e “mentirosa” e disse que a rival só olha para o passado, para fazer comparações entre os governos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio da Silva. “Seu espelho retrovisor é maior que seu para-brisa”, afirmou.

Tabu do beijo Gay no PSOL
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) resolveu ontem, em questão de segundos, a longa celeuma em torno da exibição de um beijo gay em canal aberto, e não segmentado, no Brasil. A campanha do partido abriu o horário eleitoral trazendo, em seu primeiro minuto, cena de um rapaz beijando outro, como exemplo de que o cidadão tem opções de escolha na vida, inclusive a sexual.
A MTV, em programa no gênero Namoro na TV, já tinha mostrado homem beijando homem e mulher beijando mulher. A própria Globo, que gerou essa discussão ao cortar do último capítulo da novela América (2005) a cena de beijo escrita por Glória Perez e protagonizada por Bruno Gagliasso e Erom Cordeiro, ousou exibir um selinho entre meninas no final de Mulheres Apaixonadas (2003) – mas, no contexto da trama, a imagem se referia a uma encenação teatral com as atrizes Paula Picarelli e Alinne Moraes.

EJ depõe à Receita e diz que PT o persegue
O vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, atribuiu ontem a adversários políticos” a quebra de seu sigilo fiscal. Segundo ele, o PT o persegue. Há 10 anos sou abjeto de perseguição desse pessoal, querem encontrar alga errado em minha vida, disse, após depor à Corregedoria da Receita, em São Paulo, que investiga suposto envolvimento de funcionários na violação dos dados fiscais do tucano de 2004 a 2009.

Ao completar cinco anos, CNJ enfrenta divisão ideológica
Sintoma de uma patologia política, o hiperpresidencialismo brasileiro é topicamente controlado pela ação do Supremo Tribunal Federal. Nesse processo de segura-daqui-estica-dali, restaura-se uma espécie de equilíbrio dinâmico entre os Poderes. A ideia é manter a balança equilibrada.
Para ganhar musculatura e enfrentar a máquina governamental, potencializada às vezes por maiorias parlamentares, a sociedade “delegou” um mandato ao STF de até mesmo “errar” em suas decisões.
A tentativa do STF de fazer ressuscitar o gatilho salarial – que dispararia a cada 12 meses, recompondo perdas inflacionárias, bastando para isso uma penada do presidente da Corte e não uma lei aprovada pelo Congresso – é um “erro” que joga areia no sistema de freios e contrapesos.

Ministros do STF querem gatilho salarial
O Supremo Tribunal Federal e a Procuradoria-Geral da República querem voltar a adotar, para ministros e procuradores, o gatilho salarial. Pelo mecanismo, vigente na época da inflação, os salários eram reajustados automaticamente com base em índices oficiais. Projetos enviados ao Congresso preveem reajustes por ato administrativo a partir de 2012.

Imprensa da Venezuela reage à censura
O jornal venezuelano El Nacional exibiu ontem espaços em branco e tarjas com a palavra “censurado” na capa e na página policial. A medida é um protesto contra a decisão do Judiciário de vetar a publicação de fotos “violentas”.

O GLOBO

Dobra número de empresas vendidas para estrangeiros
No segundo trimestre deste ano, o total de operações de empresas estrangeiras comprando companhias brasileiras chegou a 56. Esse número é mais do que o dobro das 21 transações do mesmo tipo realizadas de janeiro a março, segundo a consultoria KPMG do Brasil. Também é o maior número desde 1994. O levantamento não leva em conta negócios bilionários fechados nas últimas semanas, como a compra de parte da Oi pela Portugal Telecom, o avanço da espanhola Telefónica na Vivo e a união da TAM com a chilena LAN, que pode ampliar ainda mais sua fatia no mercado brasileiro se a legislação mudar. “As empresas brasileiras estão se internacionalizando também. É a outra face do mesmo processo. É um jogo de mão dupla”, avalia Antônio Corrêa de Lacerda, um especialista no tema.

Após atentado, STF quer juízes sob proteção policial
Quatro homens encapuzados e armados com escopetas e pistolas tentaram matar com 30 tiros, em Aracaju, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Sergipe, o desembargador Luiz Antônio Araújo Mendonça, de 61 anos. No atentado, cometido às 9h da manhã em plena Avenida Beira Mar, o motorista do desembargador, o cabo da PM Jailton Pereira Batista, foi atingido por quatro tiros, um deles na cabeça, e está internado em estado gravíssimo.
Após se reunir com o presidente Lula, o governador de Sergipe, Marcelo Déda, disse que não acredita em motivação política. Segundo ele, a polícia trabalha com a suspeita de que o atentado tenha sido cometido a mando do agiota Floro Calheiros, que fugiu da prisão, em Aracaju, em dezembro de 2008. Mendonça foi promotor e duas vezes secretário de Segurança em Sergipe, e Calheiros teria cometido o crime por vingança.

Aliados ignoram Serra na TV
No primeiro dia do horário político gratuito estadual, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi onipresente. Apareceu em programas de candidatos a governador e senador tanto do PT quanto do PMDB – que indicou o vice na chapa presidencial – e de outros partidos aliados. A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, também foi citada. Mas o tucano José Serra quase não foi lembrado.
No Rio, o governador Sérgio Cabral (PMDB), candidato à reeleição, usou Lula como cabo eleitoral. Serra foi ignorado por Fernando Gabeira, candidato do PV (apoiado pelo PSDB no Rio), e Cesar Maia, que pleiteia uma vaga ao Senado pelo DEM, partido que indicou o vice do tucano na chapa presidencial. Em Minas Gerais, houve outra estrela: o ex-governador Aécio Neves, citado em praticamente todos os programas dos candidatos ao governo e ao Senado. Aécio concorre ao Senado e apresentou apenas curtas imagens de Serra em seu programa.
Em São Paulo, à tarde, Serra não apareceu na TV pedindo votos para Geraldo Alckmin, candidato tucano ao governo estadual. Alckmin citou o presidenciável apenas no programa de rádio, prometendo ampliar os Ambulatórios Médicos de Especialidades (Ames), “uma bela iniciativa de Serra”. Na TV, preferiu lembrar que assumiu no lugar do governador Mário Covas, morto em 2001.

Presidenciáveis elevam tom de ataques em novo debate
Ataques duros marcaram o segundo debate de candidatos a presidente, promovido ontem pelo “Portal UOL” e o jornal “Folha de S. Paulo”. José Serra (PSDB) foi alvo de Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV). Mas reagiu, dizendo que a petista tinha cumplicidade com corrupção e vazamentos de dados sigilosos. Dilma disse que o DEM, aliado de Serra, é contra o ProUni, e acusou o governo Fernando Henrique Cardoso de não ter investido em saneamento. Marina ironizou o programa eleitoral de Serra por usar um cenário imitando uma favela.
Dilma questionou Serra sobre a ação direta de inconstitucionalidade que o DEM move contra o ProUni, programa de bolsa para estudantes carentes em universidades privadas, questionando o sistema de cotas para afrodescendentes. O tucano minimizou o tema para responder que Dilma é ingrata com o governo de Fernando Henrique Cardoso.

Numerologia eleitoral
Em debates com tempos marcados e restrições na possibilidade de contestação, os candidatos procuram usar números que são mais favoráveis. Foi o que fizeram ontem os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) no debate promovido pela “Folha de S. Paulo” e o “Portal UOL”. O tucano atacou o aumento dos impostos federais para o setores de saneamento e eletricidade. Dilma amplificou o aumento das reservas internacionais do Brasil entre 2003 e 2010, citando dados anteriores aos dos governos Lula e Fernando Henrique.
Serra disse que o governo Lula aumentou o PIS/Cofins para a área de saneamento de 3% para 7,6%, o que significa, segundo ele, R$2 bilhões a menos por ano em investimentos no setor. Dilma, em resposta, disse que o governo tucano investiu em saneamento ao ano o que o governo petista investe hoje por mês em um estado: cerca de R$300 milhões.
As companhias de água e esgoto recolheram em 2008 (segundo os dados oficiais mais recentes) R$1,633 bilhão de PIS e Cofins sobre os investimentos em saneamento. Segundo o superintendente da Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe), Walder Suriane, esse valor superou os investimentos feitos pelas empresas com recursos próprios em 2008, de R$1,467 bilhão.

‘Demos um couro em todo mundo’
Mesmo sem participar do debate na web promovido pelo UOL e a “Folha de S. Paulo”, o candidato a presidente do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, movimentou o Twitter e chegou à primeira posição entre os trending topics (assuntos mais comentados) no Brasil, e à oitava no ranking mundial, por volta das 12h30m. Plínio convocou internautas para um “tuitaço” e para comentar o encontro pelo site Twitcam, ferramenta de transmissão de vídeos ao vivo. Plínio disse que ficou surpreso e animado com a repercussão.
– Um dos meus seguidores me mandou uma mensagem falando “por que você não entra lá por aqui?”. Aí eu falei: “Então vamos!”. E demos um couro em todo mundo. Eu adorei! Se não me convidarem para os debates, eu entro pelo Twitter. Estou na parada! Foi um sucesso – comemorou.

Venezuela censura em plenas eleições
Sob a alegação de proteger menores de imagens de teor violento, a Justiça da Venezuela, controlada por Hugo Chávez, aplicou, pela primeira vez, censura prévia à mídia impressa do país. Jornais e revistas estão proibidos de publicar fotos e textos que abordem a criminalidade galopante na Venezuela. Para a oposição, a intenção é não prejudicar Chávez, a um mês das eleições legislativas.

CORREIO BRAZILIENSE

Filha dos Villela pede HC e ataca investigação
Os advogados de Adriana Villela, presa desde segunda-feira sob acusação de dificultar as investigações do assassinato dos pais, ingressaram com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do DF. A decisão deve sair hoje. A defesa considera “inconsistentes” os fatos que levaram à prisão, entre eles o depoimento de uma testemunha que teria visto o encontro da acusada com a vidente Rosa Maria Jaques. Em documento entregue à OAB em junho, ao qual o Correio teve acesso, os advogados de Adriana acusam a polícia de impor tortura psicológica, de fazer ilações e de envolver a cliente em uma briga entre unidades de investigação.

PF investigará atentado a juiz eleitoral
O atentado a tiros sofrido pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), desembargador Luiz Antônio Mendonça, comprovou a vulnerabilidade da segurança de juízes brasileiros e gerou manifestação imediata do Tribunal Superior Eleitoral. O carro oficial que seguia para a sede do TRE foi alvejado na manhã de ontem por cerca de 30 tiros. O desembargador conseguiu escapar, apesar de ter sido atingido por fragmentos de projéteis. O motorista do veículo, um policial militar de 41 anos, foi baleado na cabeça e estava em “estado muito grave”, segundo boletim médico divulgado ontem no início da noite.
Autoridades eleitorais e entidades ligadas ao Poder Judiciário exigiram esforço para garantir a segurança de magistrados, especialmente daqueles envolvidos nas eleições. Levantamento feito pelo Correio no ano passado revelou que em 15 dos 26 estados brasileiros existem casos de juízes assassinados ou jurados de morte por bandidos condenados por eles.

Efeito adverso de citar Lula
Em dois dias de horário eleitoral na tevê e no rádio, ser amigo ou o “escolhido” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva virou senha obrigatória para a maioria dos candidatos pedir votos ao eleitor. Ontem, nos programas veiculados pelos postulantes aos governos estaduais, pelo menos em 12 locais ele era presença garantida. Em alguns casos, aparecia em vídeos gravados para os candidatos. Em outros, era citado à exaustão. O indício do “fator Lula” nos programas de tevê começou já na estreia, na terça-feira. Entre os que disputam o Palácio do Planalto, o presidente ocupou o vídeo por quatro minutos, dos 21 minutos a que Dilma Rousseff (PT) teve direito. O programa do tucano José Serra foi mais comedido, mas ainda assim citou Lula por três vezes em um jingle.

Descer do pedestal, a solução para Serra
Depois que as pesquisas de intenção de voto passaram a mostrar a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, cada vez mais distante do tucano José Serra, um grupo de aliados políticos do PSDB começou a cobrar do candidato que ele distribua o poder de decisão da campanha para garantir um segundo turno. Além de centralizador, Serra é apontado nos bastidores como obcecado por informações técnicas, o que acaba por deixá-lo distante do “povão”. Outro ponto negativo apontado por quem trabalha em sua campanha é o fato de ele passar a noite em claro — chega a ficar até as 4h no escritório político perto de sua casa, no bairro do Alto de Pinheiros, em São Paulo, estudando horas sobre o que vai tratar no dia seguinte. Com tal rotina, geralmente não acorda antes das 11h.

Quando a voz de Elba vira problema
“Tum, tum, eu vou de coração”
Uma voz cantando a frase acima — bastante parecida com a da cantora Elba Ramalho — que aparece no programa eleitoral do candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, virou munição para os adversários. É que a cantora nega a gravação. O vídeo com a versão de Bate coração, de Cecéu e famosa na voz da paraibana, foi ao ar na última terça-feira no primeiro dia do horário eleitoral gratuito.
A assessoria da campanha tucana afirma que não é Elba quem canta no vídeo. Porém, os assessores afirmam desconhecer de quem é a voz e que também não têm autorização para dar qualquer outra informação sobre o assunto. Na internet, blogs petistas e de aliados do atual governo acusam o candidato tucano de utilizar uma “falsa Elba para iludir o eleitor desatento” e de “mentir mais uma vez”. Hoje vai ao ar o segundo programa do horário eleitoral gratuito em rádio e TV para os candidatos à Presidência da República. As exibições serão às 13h e às 20h30.

E quando o dinheiro voltará para o cofre?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de cinco atos da campanha política da candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, mas até agora a campanha ressarciu os cofres da Presidência da República apenas um comício. E a lista de participações vai engordar, já que os dois se preparam para duas mobilizações conjuntas em São Paulo. Um comício amanhã e uma panfletagem às 5h30 da manhã na porta de uma fábrica na região do ABC paulista.
A campanha ressarciu R$ 59,6 mil referentes à primeira participação oficial de Lula na campanha, o comício do Rio de Janeiro, e da convenção do PT em meados de junho. Desde então, o presidente apareceu ao lado de Dilma em Guaranhuns (PE), durante o Festival de Inverno da cidade, depois em comícios em Porto Alegre, Curitiba — onde também se reuniram com empresários — e Belo Horizonte. Em Porto Velho, Lula, sem a candidata, gravou mensagem exibida na terça-feira no programa eleitoral gratuito. Ele aproveitou uma agenda oficial para encontrar uma brecha e se encontrar com a equipe de João Santana, responsável pelo marketing de Dilma.

Sem recursos e santinhos
Com os índices de intenção de votos nas alturas, a campanha da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff (PT), tem se dado ao luxo de deixar os parlamentares da base aliada à míngua nos estados. Indispensáveis como cabos eleitorais em disputas anteriores, deputados da base agora amargam uma certa frieza por parte da campanha nacional. Os aliados reclamam que o governo fechou o cofre das emendas parlamentares e, além de não apresentarem recursos para suas bases, não têm nem santinho da Dilma para entregar, porque nem mesmo material da campanha nacional chega para eles. “Temos sentindo falta de material. Para a gente conseguir um adesivo da Dilma é uma dificuldade. Pode ser que estados mais populosos sejam prioridade da coordenação e estejam bem abastecidos”, afirma o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI).
Mas o baixo cacife dos parlamentares nas eleições deste ano não atinge somente aliados de estados com menor população. O deputado mineiro Júlio Delgado (PSB) conta que ficou ressentido na última visita da candidata a Belo Horizonte porque não foi convidado para a agenda da presidenciável. “Estamos meio largados mesmo. Há uma presunção de que o Lula vai resolver tudo, como se fosse: “Nós não precisamos de vocês, vocês é que precisam da gente’. Minha campanha tem pouco recurso, vou ter que pagar para incluir material da Dilma”, lamenta Delgado.

Venezuela: Resposta à censura
Com um espaço em branco na capa, o jornal El Nacional reagiu à decisão da Justiça de proibir uma foto sobre violência. Congresso em Foco

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