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segunda-feira, dezembro 4, 2023

MANCHETE DOS JORNAIS DESTE DOMINGO, 23 DE JULHO DE 2023

Alta no diagnóstico de transtornos mentais em crianças exige cautela

Confirmação de TDAH ou autismo depende de avaliação interdisciplinar, diz especialista. Meu filho não para quieto. Ou fica quieto até demais. Está demorando a falar, como não comparar com a bebê da vizinha, que é mais nova e não fecha a matraca? Será que ele tem algum transtorno. (Folha)

Planos de saúde endurecem regras para concessão de reembolso

Até mesmo bancos irregulares são usados em pedidos de ressarcimento feitos por clínicas ou laboratórios; empresas têm pedido confirmação de pagamento de consultas.
Operadoras de saúde passaram a endurecer as regras para o reembolso de consultas, já que essa é uma das principais ferramentas usadas em esquemas fraudulentos. Muitos planos já pedem aos beneficiários o comprovante de pagamento da consulta ou do procedimento. Novos métodos, porém, surgiram para burlar a regra: clínicas se associam a bancos digitais irregulares, sem aprovação do Banco Central (BC). O resultado foi uma intensificação da caçada antifraude. O esquema funciona, em geral, da seguinte forma: as clínicas médicas ou os laboratórios solicitam aos pacientes seus dados pessoais e de acesso ao aplicativo do plano de saúde. Com os dados, abrem uma conta num banco digital criado pela empresa ou parceiro dela. Assim, a prestadora de serviços de saúde emite documentos como se a consulta já tivesse ocorrido e o dinheiro é enviado da conta bancária (criada em nome do paciente no banco irregular) para a conta da clínica, gerando um comprovante de pagamento. O reembolso é, então, solicitado pelo preço máximo da tabela contratual de cada beneficiário. Só depois que o reembolso foi aprovado e pago, a clínica faz a consulta ou os exames… (Estado)

O ESTADO DE S.PAULO

  • Governo reajusta bolsas de pesquisa em até 94%
  • Fraudes levam planos de saúde a endurecer regras para reembolso
  • Desafio de organizações é reter mulheres que chegam ao topo
  • J. R. Guzzo: O pregador da desordem
  • Inadimplência de microcrédito da Caixa dispara
  • Ministro suspende ganhos de até R$ 170 mil no TJ-GO
  • Cidade que mais recebe ‘emendas Pix’, Carapicuíba amplia preço de licitações
  • Rolf Kuntz: A crise e o metalúrgico
  • Ministério não é agência de viagens

O GLOBO

  • ‘Mudanças climáticas ocorrem em ritmo jamais visto’
  • ‘A ocupação para idosos é um eixo-chave’
  • Governo prepara política nacional de cuidados
  • Novo futuro: Envelhecimento cria oportunidades na ‘economia do cuidado’
  • Rosa quer julgar temas polêmicos antes de deixar STF

FOLHA DE S.PAULO

  • Lira quer concluir Reforma Tributária no Congresso até 2024
  • Brasil amplia exportações para a Ásia além da China
  • Desenrola limpa nome de mais de 2 milhões em cinco dias
  • Maior parte dos servidores públicos ganha até R$ 5.000

Jornal Independente
GAZETA DO POVO

  • Pauta anticorrupção esbarra em excesso de politicagem e falta de critério técnico
  • Degradação da capital paulista gerada pelas drogas é desafio para Tarcísio
  • “Nada é mais importante do que viver uma vida conservadora”
  • Depois de vitória nas eleições locais, direita tenta voltar ao poder na Espanha
  • Marco Legal do Saneamento avança devagar e com prioridades desiguais entre estados
  • Brasil, o país da energia barata e da tarifa cada vez mais cara – IMPOSTOS
  • Não existe mais lei no Brasil: vivemos num sistema de selvageria institucional
  • Possível fim do WhatsApp ilimitado pode ter impacto maior do que o previsto
  • Dúvidas quanto à Quarta Revolução Industrial: Uma réplica a Sachsida
  • Queda de homicídios se consolida com Bolsonaro e gera prova de fogo para governo Lula com o desarmamento
  • Oposição quer derrubar efeitos do decreto desarmamentista de Lula
  • A agressividade da China tem explicação: o país está mal e core contra o tempo
  • Parlamentares veem avanços na denúncia no exterior de arbitrariedades contra presos do 8/1
  • A nova censura: Como a esquerda abraçou o controle da liberdade de expressão na internet
  • “Trabalhamos com resultado, não com ideologia”, diz secretário de Educação do Paraná

MATÉRIA TOP

CHACINA DA CANDELÁRIA, NO RIO, COMPLETA 30 ANOS

Maior parte dos sobreviventes do massacre de 1993 no centro do Rio morreu ou está desaparecida. Cati a Vanessa Menezes ,43, escapou de morrera os 13, em julho de 1993, quando policiais militaresabriram fogo contra cer cade 70 jovens que dormiam nos arredores da igreja no centro do Rio e mataram oito; a maioria dos sobreviventes está morta ou desapareceu Cotidiano

Há 30 anos, o Brasil tinha duas moedas, o Cruzeiro e o Cruzeiro Real, e os telefones celulares eram artigos de luxo que não cabiam no bolso. Naquele momento, Candelária era apenas o nome da igreja do século 17, construída no centro do Rio de Janeiro e que foi palco do comício do movimento Diretas Já. Passadas três décadas, tudo mudou.

O entorno do templo passou a ser associado à noite de 23 de julho de 1993, quando oito jovens foram mortos por dois policiais militares e dois ex-pms no que foi batizado como chacina da Candelária. O caso, que marcou a história da violência contra a criança e o adolescente no Brasil, completa 30 anos neste domingo (23).

Naquela época, um grupo de cerca de 70 jovens vivia debaixo das marquises dos prédios que contornam a igreja. Isso apesar de a região ser então o centro financeiro da capital fluminense.

Hoje, o centro do Rio não tem mais a mesma importância econômica, mas o fluxo de pessoas que trabalham na região ainda é alto. E as marquises dos prédios que contornam a Candelária continuam sendo usadas como refúgio por pessoas em situação de rua, ainda que em menor quantidade.

“Eu conheço a história da chacina, mas não fico pensando nela”, conta Thiago do Nascimento Sousa, 31, que mora há dois meses no mesmo local em que aconteceu o ataque. Ele vive lá com a mulher, Karoline Ivone da Silva, 26.

Thiago, que já morou na rua em outros pontos da cidade, conta que encontrou ali um lugar em que pode deixar suas coisas sem que ninguém mexa. Mas isso não significa que o local não é perigoso. “Quero ver passar uma noite aqui e não ter medo”, diz.

Não há mais nenhuma das marcas da chacina debaixo da marquise. Uma das poucas coisas que se mantiveram iguais desde a tragédia é uma banca de jornal —algumas das crianças se abrigaram em cima dela para se proteger dos tiros no dia da chacina.

Já o orelhão que ficava ao lado da banca, do qual os jovens fizeram ligações para avisar do crime, já não existe mais.

Os poucos resquícios da chacina da Candelária são duas homenagens aos mortos instaladas bem em frente à igreja. Uma cruz, com os nomes das vítimas, e o desenho de oito silhuetas vermelhas na calçada.

As 72 crianças e adolescentes que estavam na Candelária do dia do massacre e sobreviveram têm hoje entre 40 e 50 anos. A grande maioria já morreu ou está desparecida, segundo a advogada Cristina Leornado, que prestou assistência ao grupo após o ataque.

“Muitos morreram de forma violenta, por bala perdida, por doenças sexualmente transmissíveis, por tuberculose”, diz. “A chacina perdurou por muito mais do que 23 de julho de 1993. São cidadãos que perderam a vida, que não tiveram oportunidade e eram de responsabilidade do Estado.”

Um dos sobreviventes é Wagner dos Santos, 51. Ele foi baleado quatro vezes naquela noite, a maioria na nuca. Depois, serviu como testemunha chave nas investigações e ajudou no reconhecimento dos autores do crime.

No ano seguinte ao massacre, Wagner sofreu um novo atentado, dessa vez próximo à Central do Brasil. Assim como a primeira vez, levou quatro tiros e sobreviveu. Foi então incluído no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas e se mudou para para a Suíça, onde vive.

Dados de 2000 do Cedeca (Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente) apontavam que, das 72 crianças e adolescentes que estavam na chacina da Candelária, 44 já tinham morrido.

A irmã de Wagner, Patrícia Oliveira, o reencontrou por causa da chacina, ao reconhecê-lo pela TV. Integrante do movimento Candelária Nunca Mais, ela concorda com a conclusão de que a maioria das crianças e jovens daquela noite não está mais viva.

“Se ainda tiverem dez por aí, é muito. A morte não veio só no dia da chacinas, mas também nos anos que passaram”, diz. “Em 30 anos, o que não aconteceu foi empatia, respeito e dignidade. Senão o cenário era outro.”

Entre os sobreviventes da época que já morreram está Sandro Barbosa do Nascimento, que tinha 15 anos na noite da chacina —foi um dos adolescentes que se abrigaram na banca para fugir dos tiros. Ele morava na rua desde os oito anos, após sua mãe ter sido morta a facadas.

Sete anos depois, em junho de 2000, Sandro sequestrou o ônibus 174 no Jardim Botânico, zona sul do Rio. Na ocasião, Geísa Gonçalves, uma das reféns, foi morta na troca de tiros entre ele e policiais militares. O jovem foi morto logo em seguida, ao ser capturado e sufocado por agentes dentro da viatura da PM.

Outro caso famoso foi o da faxineira Elizabeth Cristina de Oliveira Maia, morta com três tiros na cabeça em Botafogo, na zona sul do Rio em setembro de 2000. Na época da chacina da Candelária, ela tinha por volta de 17 anos, era conhecida como Beth Gorda e considerada uma das líderes entre os jovens. Quando aconteceu o ataque, ela dormia na escadaria da igreja e conseguiu se esconder atrás dos corrimões de pedra do local.

A Polícia Civil concluiu que Beth foi morta por traficantes.

“Não é que o Brasil não tenha memória, é que o Brasil faz questão de apagar. Mas temos que nos movimentar para que esses casos não caiam no esquecimento”, diz Cristina.

Gritos ficaram gravados na mente, diz sobrevivente

No rosto de Katia Wanessa Menezes estão as marcas dos 12 anos que morou nas ruas do Rio de Janeiro, de 1989 até 2001. Foi nesse período que viveu uma das noites mais difíceis de sua vida e que ficaria presa em sua memória para sempre: a chacina da Candelária, em 23 de julho de 1993.

Ela tinha 13 anos quando o grupo formado por policiais e ex-pms abriu fogo contra as mais de 70 crianças e adolescente que moravam no local, no centro da capital fluminense. Aos 43 anos, ela ainda se arrepia ao lembrar do episódio.

Foi justamente por causa dessas memórias que Wanessa, como prefere ser chamada, decidiu se afastar de tudo que era ligado ao caso e, como ela mesmo define, se esconder. Só este ano que retomou o contato com a artista plástica Yvonne Bezerra de Mello, que acolheu os jovens depois do ataque. Também foi recentemente que a agora empregada doméstica contou aos filhos o que viveu.

“Não queria contato com nada nem ninguém. Não queria me lembrar daquilo, porque me lembrava das minhas duas vidas, da minha família em casa e da família que me abraçou na rua”, conta.

Wanessa fugiu aos nove anos da casa em que morava com o pai, no Morro da Congonha, em Madureira, zona norte do Rio. Sua mãe tinha morrido havia pouco tempo devido a problemas nos rins, e seus dois irmãos, bem mais velhos que ela, já não moravam mais com eles.

Ela conta que um dia seu pai ficou bêbado e tentou abusar sexualmente dela. “Ele me pegou pelo braço e disse ‘você vai ter que ser minha mulher agora’. Eu consegui me soltar dele e fugi pela janela”, diz Wanessa, que afirma nunca ter comentado sobre o assunto com seus irmãos para “não sujar a imagem do pai”.

Na rua, foi morar na região da Central do Brasil e, em seguida, se aproximou dos jovens da Candelária, ambos no centro do Rio. Ela então decidiu se juntar ao grupo. “Eles tinham uma regra que um era responsável pelo outro, e que os mais velhos protegiam os mais novos.”

Além de acolhida, Wanessa se identificava com a “nova família”. De acordo com ela, todos que chegavam à Candelária tinham a sua própria história, e muitos tinham fugido de abusos dentro de casa. A sobrevivente lembra de um menino, em particular, que ela apelidou de Pirroto.

“Ele tinha muitas marcas nas costas, e eu ficava intrigada. Um dia me contou que eram queimaduras de cigarro. E não era uma só, as costas deles eram todas tomadas de marca de cigarro”, diz Wanessa, que completa: “Ele tinha chegado lá há pouco tempo, então quer dizer que ele já vinha sofrendo abuso em casa há bastante tempo”.

Quando aconteceu a chacina, Wanessa conta que tinha acordado um pouco antes dos policiais chegarem ao local. Sem sono, pensou em andar até o chafariz que fica em frente à igreja, mas logo nos primeiros passos ouviu os tiros. Ela diz que pegou as duas meninas que estavam do seu lado, Simone e Gina, e as jogou para dentro de um bueiro. Depois, se escondeu debaixo de um carro.

“Só escutei os tiros e vi um [dos garotos] caindo no chão. Todo mundo gritava ‘corre, corre, corre’. Foi o barulho dos gritos que ficou gravado na minha mente. Eu fiquei bastante tempo escutando aqueles gritos. Eu dormia e só escutava ‘corre’ e aquela ‘choração’ no fundo. É horrível.”

Depois da chacina, Wanessa chegou a ficar em dois abrigos para crianças e adolescentes, mas, em pouco tempo, decidiu voltar a morar nas ruas.

A mulher de 43 anos conta que tinha contatos esporádicos com os irmãos e chegava a frequentar a casa deles. Porém, sempre que o pai aparecia, fugia novamente. “A rua não é a mesma coisa que você vê de dia”, ela continua. “Você está parado e chega um carro para te agredir. Você passa e escuta ‘tá com fome? Vamos ali fazer um negocinho’. A rua é horrível, horrível.”

Wanessa diz que sempre sonhou em ter sua família desde o tempo em que morava na Candelária. Três anos depois do massacre, teve seu primeiro filho. Ela continuava sem teto e morava em Marechal Hermes, na zona norte.

O pai da criança também era morador de rua. Eles cuidaram juntos do filho até ele ter pouco mais de um ano. Depois, o bebê foi para a casa da família paterna e ficou lá até os 15 anos, quando passou a morar com a mãe.

Wanessa saiu das ruas aos 21 anos, quando soube que seu pai tinha morrido. A sobrevivente da chacina voltou, então, para a mesma casa da qual tinha fugido, aos nove. É lá que mora até hoje.

Ela teve mais quatro filhos. Três, de 18, 17 e 10 anos, são frutos do mesmo casamento. Já a caçula, de 1 ano e 3 meses, é de um relacionamento mais recente, que já terminou. Hoje, Wanessa se diz orgulhosa de ser mãe solo.

Quatro filhos moram com ela, apenas o mais velho, de 27, saiu de casa. Wanessa conta que sua luta hoje é para que ele não viva o mesmo que ela passou e consiga sair das ruas. “Hoje, se a rua não te mata, a droga mata”, diz Wanessa, que afirma ter usado cola quando não tinha casa.

“Eu fiz sozinha minha família. Sempre falei que teria uma e consegui”, afirma. “Queria ter cinco filhos, porque se eu morresse um irmão ia ajudar o outro.”

Camila Zarur “A chacina perdurou por muito mais do que 23 de julho de 1993. São cidadãos que perderam a vida, que não tiveram oportunidade e eram de responsabilidade do Estado Cristina Leonardo advogada que prestou assistência aos sobreviventes.

Folha de S.Paulo 23 Julho 2023
Rio de Janeiro

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