

O ESTADO DE S.PAULO
- Recuperação judicial tem alta de 52% no 1º semestre no País
- Poupança vai bem em 12 meses, mas há opções mais rentáveis
- Ministérios revisam estimativas para taxa básica de juros e câmbio
- Governo eleva estimativa para déficit e bloqueia mais R$ 1,5 bi
- Em 9 anos, capacidade da energia solar no País foi de 8 MW para 32 mil MW
- Carro elétrico e hidrogênio verde podem atrair R$ 2,2 tri em energia renovável
- SUS incorpora novo remédio que facilita o tratamento de HIV
- Escolas cívico-militares: decreto revoga o programa
- Jequié tem a maior taxa de mortes violentas do País
O GLOBO
- Ibovespa sobe 1,8% e retoma patamar dos 120 mil pontos
- Venda de soja para país vizinho salta 1.000%
- Expectativa com medidas na Argentina leva dólar a recorde
- FGTS: financiamento habitacional para a classe média deve ter mais R$ 4,6 bi
- Governo piora previsão de rombo nas contas públicas
- Renegociações impulsionadas pelo Desenrola sobem 80%
- Recuperação judicial tem maior patamar em 3 anos
- Disputa de cesta básica: De camarão e salmão a filé-mignon, todos querem ter alíquota zero
- ‘Bônus de produtividade’ no INSS é paliativo e adia reforma necessária
FOLHA DE S.PAULO
- Casa noturna vai assinar carteira de trabalhadoras do sexo
- Programa tira ao menos 1,2 mi da lista de nome sujo
- Antes do Desenrola, inadimplência apresenta queda no ano, diz Serasa
- Novas regras para ônibus interestadual opõem Cade à Fazenda
- Dívida pública federal sobe 2,95% em junho, para R$ 6,2 trilhões
- Governo prevê rombo maior, e bloqueio chega a R$ 3,2 bi
- Queda na participação de jovens gera alerta no setor
- Recorde de idosos deve encarecer plano de saúde
- FGTS avalia permitir pausa em contrato de imóvel para inadimplente
- Pequeno negócio responde por um terço das compras públicas
- Putin diz que Polônia quer intervir na Guerra da Ucrânia e faz ameaças
- Manguezais da Amazônia são os mais extensos e preservados do mundo
Jornal Independente
GAZETA DO POVO
- Projeto de Lula pode consagrar em lei visão do STF sobre democracia
- Alexandre de Moraes também poderia ser investigado e processado por confusão em Roma
- TPI nega pedido da Venezuela para suspender investigação de crimes contra a humanidade
- Human Rights Watch e Anistia internacional mantêm silêncio após fala de Lula sobre escravidão
- Decreto sobre armas pode ser ilegal por tirar competência de fiscalização do Exército
- Preocupação com efeitos de resolução do CNJ mobiliza deputados da CPI do MST
- Conselhos e penduricalhos
- Queda de homicídios se consolida em 2022 e gera prova de fogo para governo Lula
- Foro de Curitiba promove evento para fortalecer conservadorismo e espera ampliação pelo país
- Levando inclusão digital com eficiência: o trunfo por trás da fibra ótica
MATÉRIA TOP
Projeção de audiência recorde esquenta briga de atletas por igualdade no dinheiro
Atletas reclamam de pagamento, e Fifa diz que prêmio será dado às federações

Com a audiência do torneio estimada em 2 bilhões de espectadores, jogadoras e entidades brigam por equiparação com ganhos dos homens. Há disputas públicas em seleções, e Fifa diz que prêmios serão dados às federações.
Há uma Copa do Mundo sendo jogada também fora de campo. Com a perspectiva de audiência recorde na história do torneio, jogadoras e entidades de atletas brigam pela igualdade financeira em relação aos homens.
Das 32 seleções que disputam o torneio iniciado na última quinta (20), em pelo menos seis há disputas públicas por dinheiro. Outras equipes, consideradas menos expressivas, nem sequer pagaram para suas convocadas participarem das eliminatórias. Estudo do Fifpro, o sindicado internacional de futebol, diz que cerca de 30% das que atuaram nas partidas qualificatórias fizeram isso de graça.
A audiência estimada para o Mundial deste ano é de mais de dois bilhões de espectadores. Cerca de 500 milhões a mais do número divulgado há quatro anos, quando a competição foi sediada pela França.
“Não pôr em prática nenhum sistema de compensação financeira é algo absurdo. Elas são profissionais ou deveriam ser e se sacrificam muito para jogarem pelas suas seleções”, diz Jonas Baer-hoffmann, secretário-geral da Fifpro.
Há queixas contra federações que não estão entre as mais endinheiradas da modalidade, como Nigéria e Jamaica, mas as ricas também são acusadas de mesquinhez.
A Federação Inglesa avisou que não vai pagar diárias para as jogadoras porque a Fifa vai dar, segundo o presidente Gianni Infantino, pelo menos US$ 30 mil (R$ 143 mil pela cotação atual) para cada uma que disputar o torneio. As 23 convocadas divulgaram um comunicado em conjunto falando sobre a decepção com a situação, mas concordaram em deixar o assunto para depois por causa da proximidade da estreia contra o Haiti, neste sábado (22).
Torcedores jamaicanos abriram vaquinhas virtuais para juntar dinheiro para o elenco da seleção. Nas eliminatórias, elas relataram problemas com voos e acomodações sofríveis. A situação financeira precária da equipe fez com que as nigerianas ameaçassem boicotar a Copa do Mundo. As sul-africanas, ao saberem que recebem apenas 10% do que é pago aos jogadores da seleção masculina, recusaram-se a jogar um amistoso.
Pelo balanço divulgado pela própria Federação Canadense, a entidade gastou, em 2021, US$ 11 milhões (R$ 52,4 mi) com os homens e US$ 5,1 milhões (R$ 24,3 mi) com as mulheres. A equipe feminina do Canadá é uma das mais fortes do planeta e foi medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio. O masculino disputou duas Copas em sua história, a última em 2022. Foi eliminado na fase de grupos em ambas, sem vencer nenhuma partida.
Mesmo o pagamento mínimo da Fifa para as atletas passou a ser questionado. Depois de anunciar com fanfarra a novidade, na última quinta, Infantino explicou que, na verdade, o dinheiro será repassado para cada federação nacional, que ficaria encarregada de distribuir a quantia às atletas. A entidade dá US$ 1,5 milhão (R$ 7,1 milhões atualmente) por ano para cada país para desenvolver o futebol feminino, mas não há nenhuma fiscalização de como o dinheiro é usado. “Há mulheres de várias seleções que estão no limite”, define Chiyelu Asher, da seleção jamaicana e integrante do conselho do Fifpro.
Segundo estudo do sindicato, na média, as jogadoras convocadas para a Copa recebem cerca de 75% a menos do que os homens que foram ao Mundial do Qatar. Para cada dólar que eles embolsaram, elas tiveram US$ 0,25.
Pelos números da Forbes, o maior salário do futebol feminino é das norte-americanas Alex Morgan e Megan Rapinoe, ambos de US$ 5,7 milhões por ano (R$ 27,2 mi). O contrato mais lucrativo no masculino é o de Cristiano Ronaldo com o Al Nassr, da Arábia Saudita: US$ 136 milhões (R$ 648,6 mi).
Segundo a Fifa, a premiação para a Copa deste ano será recorde na modalidade, mas ainda não se aproxima do que foi distribuído no ano passado. Dos US$ 300 milhões (R$ 1,4 bi), segundo a revista Forbes, que a entidade espera arrecadar com a competição, US$ 110 milhões (R$ 524,6 mi) serão dados às seleções —o valor varia de acordo com a colocação.
Quem cair na fase de grupos vai embolsar US$ 2,3 milhões (R$ 11 mi). A seleção campeã terá US$ 10,5 milhões (R$ 50 mi). O salário anual de Infantino para comandar a Fifa é de US$ 3,9 milhões (R$ 18,6 mi).
No ano passado, a seleção feminina dos EUA conseguiu acordo com a federação para igualar o pagamento ao masculino. Estimativa do jornal USA Today é que as jogadoras que participaram das eliminatórias para a Copa tiveram direito a US$ 120 mil cada (R$ 572,3 mil), um valor 68% maior ao de de 2019. Espanha e País de Gales (que não se classificou) são outras duas nações que igualaram o dinheiro distribuído entre homens e mulheres.
São exceções. Pelos números da Fifa, 53% dos países não têm normas que determinem salário mínimo para as jogadoras.
Folha de S.Paulo 22 Julho 2023 Por: Alex Sabino