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‘Vale-tudo’ eleitoral soma R$ 29,6 bilhões de promessas em SP
Valor leva em conta principais projetos apresentados por candidatos a prefeito
São Paulo precisaria de pelo menos R$ 29,6 bilhões para pôr em prática as principais propostas apresentadas pelos candidatos à Prefeitura. Esse é o valor estimado para congelar a tarifa de ônibus em R$ 3,80 pelos quatro anos de mandato, construir 100 km de corredores, oferecer escola integral a 100 mil crianças e contratar 2 mil médicos, entre outras promessas alardeadas na disputa eleitoral, informam Adriana Ferraz e Marianna Holanda. O cálculo foi feito com base em dados da Prefeitura e projeções de especialistas. Apesar do custo alto e do período econômico difícil pelo qual passa o País, os candidatos mais bem posicionados nas pesquisas não falam em crise e não explicam como conseguirão recursos para concretizar seus projetos. O teto previsto para investimentos na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2017 é de R$ 2,9 bilhões, valor 56% menor que o aprovado para este ano…

O Estado de S. Paulo

Manchete: ‘Vale-tudo’ eleitoral soma R$ 29,6 bilhões de promessas em SP
Valor leva em conta principais projetos apresentados por candidatos a prefeito
São Paulo precisaria de pelo menos R$ 29,6 bilhões para pôr em prática as principais propostas apresentadas pelos candidatos à Prefeitura. Esse é o valor estimado para congelar a tarifa de ônibus em R$ 3,80 pelos quatro anos de mandato, construir 100 km de corredores, oferecer escola integral a 100 mil crianças e contratar 2 mil médicos, entre outras promessas alardeadas na disputa eleitoral, informam Adriana Ferraz e Marianna Holanda. O cálculo foi feito com base em dados da Prefeitura e projeções de especialistas. Apesar do custo alto e do período econômico difícil pelo qual passa o País, os candidatos mais bem posicionados nas pesquisas não falam em crise e não explicam como conseguirão recursos para concretizar seus projetos. O teto previsto para investimentos na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2017 é de R$ 2,9 bilhões, valor 56% menor que o aprovado para este ano. (Política/ Págs. A4 e A5)

O desafio da reforma política
Encarregados de promover mudanças em seu próprio quintal, políticos têm o dever de pensar no interesse comum
Com a confiança e a representatividade em xeque, o envolvimento de políticos em escândalos de corrupção, o impeachment de dois presidentes em 25 anos e a prática do toma lá dá cá, parece evidente que a democracia brasileira está enferma, informa José Fucs. Marcado pela pulverização de partidos e pelo fisiologismo em larga escala, um esgotado sistema político deu à reforma política caráter de urgência semelhante ao que levou à implantação do Plano Real nos anos 1990. Sem mudanças para tornar o País governável, com um mínimo aceitável de espírito público, dificilmente será possível debelar a atual crise. (Política/Págs. A12 e A13)

Foto-legenda: Grilagem paulistana
Loteamento clandestino às margens da Represa Billings, na zonal sul de São Paulo: pelo menos 32 novas invasões de terra desmataram áreas de manancial da cidade desde o fim do ano passado.(Metrópole/Págs. A22 e A23)

Governo freia reajustes e cria ‘guerra salarial’ (Economia/Págs. . B1 e B4)

Colunistas
Carlos Ayres Britto
Tradição que põe fato acima da respectiva norma é ruim à beça. (Espaço Aberto / Pág. A2)

Eliane Cantanhêde
Nunca tudo pareceu tão conflagrado. E vai piorar. (Política/Pág. A8)

Dora Kramer
PT nos três maiores colégios eleitorais dá medida da derrocada. (Política/Pág. A6)

Notas&Informações
Uma eleição melancólica
Campanha tornou-se tira-teima sobre quem lucrou mais com debacle petista no plano federal. (Pág. A3)

Urgência e relevância do ensino. (Pág. A3)

Folha de S. Paulo

Manchete: Controle aéreo melhora, mas falhas se mantêm
Segurança foi posta em xeque há dez anos, após choque entre jato e avião da Gol
Dez anos após o choque entre um avião da Gol e um jato Legacy, que matou 154 pessoas, o avanço da estrutura tecnológica tornou mais segura a aviação no país. Há, porém, falhas que não foram corrigidas desde a crise sem precedentes no setor aéreo que sucedeu à tragédia. Causado por erros de controladores e pilotos do jato, o acidente na Amazônia pôs o sistema em xeque. Desde então, o número de controladores de voo cresceu, de 2.800 para 4.200, e treinamentos foram aprimorados. Houve ainda renovação de equipamentos e softwares. Por outro lado, controladores relatam à Folha persistência de carga exaustiva e demissão de profissionais experientes, e pilotos apontam falhas de comunicação. A Aeronáutica nega fragilidades. Famílias de vítimas criticam até hoje a demora do cumprimento da pena dos culpados. Os dois pilotos do Legacy foram condenados em 2015 à prisão — eles estão nos EUA. A defesa deles diz que a sentença será cumprida e responsabiliza o sistema aéreo. Três controladores foram condenados a três anos e um mês de prisão. Ainda cabe recurso. (Cotidiano Pág. 1)

Meirelles não tem como ser o FHC de Temer, afirma FHC
Para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, não há chance de o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, projetar-se como ele, FHC, conseguiu ao assumir a pasta no governo Itamar Franco e lançar o Plano Real. Mesmo que Meirelles sensibilize a sociedade para o ajuste fiscal, afirma FHC,ele só poderá expor “sangue, suor e lágrimas”. (Poder A10)

Com 1.212 pessoas na comunicação, Congresso gasta ao menos R$ 103 m (Poder A12)

Com reportagens críticas, imprensa fiscaliza atuação do atual governo (Poder A12)

Editoriais
Leia “De dentro e de fora”, acerca de excessos cometidos pela Lava Jato, e “Vícios arcaicos”, a respeito da divisão de recursos do Fundo Partidário. (Opinião A2)

Edição: Equipe Fenatracoop, Domingo, 25 de Setembro de 2016