Dengue na região de Londrina é discutida por secretários

O secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, recebeu na manhã desta segunda-feira (24) a secretária da saúde de Londrina, Ana Olímpia Dornellas, para discutir a dengue na cidade. Somente nas três primeiras semanas do ano, o município já notificou 645 casos da doença e confirmou 35. Além disso, a cidade já esteve em situação de epidemia em 2007, o que aumenta a possibilidade de casos graves.

“Considero a situação no município preocupante. Nosso objetivo principal é diminuir o número de mortes em decorrência da dengue, com relação ao ano passado”, afirmou o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto. Com relação à assistência aos doentes, ele ressaltou que o Estado irá fortalecer a estrutura para o atendimento dos casos mais graves da doença, por hospitais públicos estaduais.

Na quinta-feira (27), o secretário da Saúde estará em Londrina para acompanhar as ações de mobilização e anunciar medidas emergenciais de combate à doença. Ele se reunirá com todos os secretários municipais de saúde da 17.ª Regional de Saúde.

Em 12 de janeiro, o superintendente de Vigilância em Saúde, esteve em Londrina para repassar o plano emergencial de combate à doença. O secretário destacou que, nos dias 19 e 20 de janeiro, mais de 300 profissionais de saúde da região foram capacitados para atender pacientes com suspeita de dengue.

PACIENTES – Ana Olímpia, que assumiu a Secretaria Municipal de Saúde interinamente no dia 20 de janeiro, destacou que o município também está priorizando o atendimento de pacientes com suspeita de dengue nos serviços de saúde. De acordo com ela, o município está com a estrutura de combate à doença deficitária. “Faltam 80 agentes de endemia. Vamos abrir estas vagas por processo seletivo que será realizado em breve”, explicou.

Ana Olímpia enfatizou que os casos do município estão concentrados na região leste, que apresenta situação peculiar. Lá residem cerca de 9 mil famílias, sendo que grande parcela desta população trabalha recolhendo materiais recicláveis e os acumula nos quintais de suas casas. “Os agentes de endemia já identificaram focos do mosquito nesta região. Agora estamos estudando uma forma de fazer bloqueios mais efetivos com o apoio do Estado”.