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O Globo
Manchete: Documentos desmentem versão de Bolsonaro sobre morto pela ditadura
Presidente afirmou que pai do atual dirigente da OAB sofreu ‘justiçamento da esquerda’
O presidente Jair Bolsonaro contrariou ontem os registros de documentos oficiais ao dizer que morreu em um “justiçamento da esquerda” o militante da Ação Popular (AP) Fernando Santa Cruz, pai do atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. Dois documentos do Estado brasileiro afirmam que ele foi morto pela ditadura em 1974. O presidente da OAB afirmou que Bolsonaro demonstra “traços de caráter graves em um governante: crueldade e falta de empatia’. O governador de São Paulo, João Doria, e a ex-senadora Marina Silva condenaram a atitude de Bolsonaro. Página 4
Massacre no Pará é o maior desde o Carandiru, em 1992
Cinco horas de confronto entre facções criminosas rivais resultaram na morte de 57 presos no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará. Dezesseis detentos foram decapitados, no maior extermínio em um único presídio desde o massacre do Carandiru, com 111 mortes, em São Paulo, em 1992. Desde 2017, foi o quinto motim com alto índice de letalidade registrado no país. O governo do Pará determinou a transferência para outros presídios de 46 detentos suspeitos de participação no massacre. Relatório do Conselho Nacional de Justiça considera “péssimas’’ as condições em Altamira. Página 7
Banco do Brasil reduzirá quadro com demissões voluntárias
Na política de enxugar os bancos públicos, BB anunciou programa de demissão voluntária que pode atingir 3 mil servidores. Página 23
Roubo em laboratório da UFRJ compromete pesquisas
Bandidos levaram equipamentos de Laboratório de Virologia, no Fundão, que faz estudos de zika, febre amarela e HlV. Página 29
Cora Ronai
Arararraquers não têm nada a ver com hackers Página 26
José Casado
Brasil é área livre para a espionagem Página 3
Merval Pereira
Datas indicam intenção de beneficiar Lula Página 2
Bernardo Mello Franco
Presidente cruza limite da decência Página 5
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Disputa entre facções deixa 57 presos mortos no Pará
Homens do Comando Classe A atearam fogo a cela do Comando Vermelho; grupos brigam pelo tráfico na região
Cinquenta e sete presos foram assassinados – 16 deles, decapitados – ontem dentro do Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará. O ataque foi resultado de uma briga entre as facções Comando Vermelho (CV) e Comando Classe A (CCA) pelo domínio do tráfico de drogas na região amazônica. Homens do CCA atearam fogo a uma cela onde ficavam detentos do Comando Vermelho. A maioria morreu por asfixia. O governo do Pará e o Ministério da Justiça anunciaram a transferência de dez líderes do motim para presídios federais. Outros 36 detentos devem ser mandados para cadeias do Estado. O Centro de Recuperação tem condições classificadas como “péssimas” no relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), publicado ontem. Entre os problemas apontados, estão superlotação e baixo número de agentes penitenciários. Até o massacre de ontem, a unidade abrigava 343 presos, mais do que o dobro da capacidade, que é de 163 pessoas, e tinha 33 agentes. Metrópole / pág. A10
Caminho da cocaína
Rota que começa na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia e segue pelo Solimões é uma das maiores portas de entrada de cocaína no País e alvo de conflito entre facções. Desde 2016, 162 presos foram mortos na região. Pág. A10
Governadores planejam mudar reforma tributária
Os 26 Estados e o DF devem se unir e fechar um texto com sugestões de mudanças na proposta de reforma tributária elaborada pelo economista Bernard Appy e que tramita na Câmara. Os novos pontos seriam a exclusão da União do comitê gestor do Imposto sobre Bens e Serviços – que uniria ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins -, a ser criado, e manutenção de benefícios tributários, como a Zona Franca de Manaus. Economia / Págs. B1 e B3
Bolsonaro é criticado após fala sobre desaparecido
Presidente da OAB, Felipe Santa Cruz vai ao STF pedir que Bolsonaro diga o que sabe sobre o desaparecimento de seu pai, Fernando de Santa Cruz Oliveira, na ditadura. O presidente disse que o militante da Ação Popular (AP) havia sido morto por “correligionários”. Lei e decisão judicial, no entanto, reconhecem responsabilidade da União no caso. Entidades criticam fala. Política/ págs.A4 e A5
Após invasões, Amtel faz norma ‘anti-hacker’
Desde ontem, não é mais possível ligar para o próprio número de telefone. Era assim que hackers invadiam caixas postais e conseguiam o código de ativação do Telegram. Anatel fará campanhas de conscientização para uso de senhas. Política / pág. A6
Crise de Itaipu derruba chanceler do Paraguai
O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Luis Alberto Castiglioni, e o embaixador do país no Brasil, Hugo Saguier, renunciaram em meio à crise da assinatura de acordo com o Brasil para venda de energia de Itaipu. Internacional / pág. A7
Maconha para fins medicinais atrai 20 empresas
Vinte empresas nacionais e de países como EUA, Canadá, Austrália e Israel manifestaram interesse em cultivar, no Brasil, maconha para fins medicinais. Consulta pública sobre a liberação do plantio da erva está em andamento. A estimativa é de um mercado potencial de R$ 4,7 bilhões por ano. Metrópole / pág. A12
Saúde e educação: há vagas
Apesar dos números ruins de desemprego, setores de serviços como saúde e educação viram o número de vagas crescer 3,1%, ou 240 mil postos, no trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. Nathalia Borghi é um desses trabalhadores: acaba de conseguir emprego em uma plataforma de ensino a distância. Economia / pág. B5
coluna do broadcast / PÁG. B2
BB planeja cortar 2,3 mil funcionários
Notas & Informações
É preciso mais que a tesoura
O governo tem cortado gastos, mas ainda é preciso muito esforço e a reforma da Previdência será indispensável para o conserto das contas públicas. pág. A3
Crise de aprendizagem
O País precisa ser capaz de elaborar e implantar políticas aptas a promover um salto na qualidade da educação básica. pág. A3
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Folha de S. Paulo
Manchete: Rebelião mata 57 em presídio no PA
Chacina é a maior do ano em presídios do país; Moro libera vagas em prisões federais para transferir líderes de facções
Ao menos 57 presos morreram, 16 deles decapitados, na manhã de ontem no Centro de Recuperação Regional de Altamira, unidade prisional no sudoeste do Pará, na maior rebelião com mortos do ano no país. Segundo o Sistema Penitenciário do estado, o motivo do motim foi a disputa entre duas facções criminosas pelo controle da prisão.
O Comando Classe A (CCA) é adversário do carioca Comando Vermelho (CV), que vem se expandindo na região Norte. Membros do CCA colocaram fogo na cela de um pavilhão controlado pelos rivais, de acordo coma versão oficial.
A maior parte das mortes ocorreu por asfixia.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, lamentou o ocorrido e defendeu em rede social que os líderes responsáveis pela rebelião cumpram suas penas “para sempre” em presídios federais. Ele também disponibilizou vagas em penitenciárias para que os criminosos sejam transferidos e isolados.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL), por sua vez, não havia se pronunciado sobre o episódio até a conclusão desta edição. Cotidiano B1
Cúpula da Segurança previa confronto de facções no estado B2
Bolsonaro radicaliza fala em aceno aos filhos e à base
Jair Bolsonaro (PSL) tem radicalizado suas declarações nos últimos dias. Ontem, causou repúdio até de aliados ao atacar a memória do pai de Felipe Santa Cruz, presidente da OAB.
Para pessoas próximas, a subida de tom reflete incômodo com críticas a seus filhos e aceno a sua base eleitoral, com o impulso da aprovação da reforma da Previdência na Câmara em 1º turno. Poder A4 e A6
Governadores do NE aprovam Mais Médicos regional
Os governadores dos estados do Nordeste aprovaram ontem uma versão local do Mais Médicos, para assistir as áreas mais isoladas da região. Segundo Rui Costa (PT), da Bahia, o objetivo é complementar o programa federal Médicos pelo Brasil. Cotidiano B3
Operadoras bloqueiam ligações para tentar coibir hackeamento A8
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