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sábado, maio 18, 2024

Psicólogas alertam sobre a necessidade de os pais estarem bem emocionalmente para cuidarem dos filhos

Psicólogas falam também sobre comportamentos de adolescentes que podem ser alertas.

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 Cambé amanhece em sofrimento. Como já noticiado, um jovem de 21 anos, ex-aluno da Escola Estadual Helena Kolody adentrou o colégio na manhã desta segunda-feira, 19, e disparou diversos tiros em direção a uma turma de alunos. E estes disparos alvejaram a aluna Karoline Verri Alves, de 16 anos, levando-a a óbito. E atingiram ainda, Luan, que se encontra internado no Hospital Universitário de Londrina, em estado gravíssimo.

Psicóloga: Simone Braga

E como ficam os sentimentos, as atividades, a rotina de nossos jovens em meio a tanta dor e medo? Como ficam ainda, a cabeça e rotina dos pais que, assistem às situações de perigo e violência em local que deveria ser sinônimo de acolhimento e segurança: a escola?!

Para discutirmos tudo isso, e buscarmos possíveis “caminhos”, a coluna Bela Manchete & Mídias conversou com três profissionais da área da saúde mental, as psicólogas Mariana Finco, Raila Santos e Simone Braga.

“Precisamos manter uma postura acolhedora com aqueles que passaram por um trauma gerado através da violência como ocorreu na data de hoje, na escola de Cambé. Quando falamos de escola, temos a ideia de que se trata de um lugar seguro onde os pais podem deixar os seus filhos tranquilamente por se tratar de um local organizado, supervisionado para o desenvolvimento dos filhos. Mas estamos falando de uma quebra de segurança após a violência dessa tragédia, assim pensamos em algumas situações pelas quais os adolescentes desta escola e de outras instituições também, poderão passar nos próximos dias; como o processo de luto, o estresse pós-traumático e, pensando nisso, é necessário que todos os envolvidos, como os alunos, professores , familiares das vítimas, possam ser acolhidos, uma vez em que essas pessoas se sentirão muito instáveis e inseguras, pois a escola é para muitas crianças e adolescentes a “segunda casa”, diz a psicóloga Simone Braga.

“Neste momento, a paciência e o acolhimento para com adolescentes que passaram pelo trauma de perto, são as ações mais indicadas, pois o transtorno pós-traumático pode alterar alguns comportamentos, entre eles a agressividade ou retração, alterações de sono e alimentação. Porém, cada ser humano lida de formas diferentes em casos como esse. Assim precisamos ofertar acolhimento e compreensão para possibilitar que, as vítimas encontrem segurança e o suporte necessário para restabelecer suas rotinas novamente”.

Psicóloga: Raila Santos

A psicóloga Raila Santos complementa que é preciso prestar atenção e analisar como nossos filhos estão lidando com questões sociais e pessoais ao crescerem. “É preciso entender primeiramente que não devemos generalizar comportamentos ou rótulos, mas estar atentos à comportamentos de violência e ausência de remorso. Podemos falar também, de adolescentes que são vítima de bullying sendo ele mais agressivo (físico) , de cyberbullying ( onde se sentem expostos em redes sociais, grupos de WhatsApp, colegas tirando fotos sem autorização),entre outros casos. Por vezes, esses adolescentes não são acolhidos , não são ouvidos para como eles estão se sentindo pelos adultos e colegas. Assim podemos entender que, essa falta de escuta gera sentimento de revolta, mas o mais importante é a maneira como cada um lida com esse sentimento. Existem aqueles adolescentes que passaram por vivências traumáticas, mas não desenvolveram sentimento de vingança ou agressão, mas têm os adolescentes que os traumas potencializaram seus instintos de violência”.

Raila completa ainda “É muito importante que pais e cuidadores sejam a rede de apoio dos filhos, que se atentem em querer saber como eles estão, observem as mudanças de comportamentos, que busquem ser participativos. Lembrando que como adultos precisamos buscar recursos para aprendermos a criar essa conexão com os filhos. Pois nesta ausência, eles podem ser influenciados por estranhos, conectados nas redes sociais. E nem tudo que está disponível na web é positivo”.

Psicóloga:: Mariana Finco

Simone Braga e Raila santos pontuam também que é preciso gerar conexão com os filhos e observar comportamentos. “ Fiquem atentos aos seguintes comportamentos: isolamento social, comportamentos de violência, comportamentos que não demonstram culpa ou remorso. Estes comportamentos são sinais que seu filho precisa de você, precisa ser compreendido, precisa ser acolhido. Orientamos que é possível buscar ajuda de algum profissional em saúde mental para que não somente os filhos, mas os pais venham aprender a lidar com esses demandas onde estão todos inserido”.

Por falar em como os pais se sentem ou como devem agir, conversamos com a psicóloga Mariana Finco, que abordou a necessidade dos pais estarem fisicamente e emocionalmente bem para lidarem com as demandas dos filhos. “Etamos vivendo tempos difíceis, a violência chegou dentro das escolas. Pais e cuidadores de crianças e adolescentes vivem dias angustiantes, o que interfere na saúde física e principalmente emocional de todos, inclusive de quem tem a função de cuidar. É sempre bom lembrar daquele exemplo das máscaras de emergência dos aviões,os pais precisam manter a calma para conseguirem passar tranquilidade para os filhos”.

 E Mariana completa “mas como manter a calma em meio ao caos? Estando atento à realidade do seu filho. Busque informações reais, mantenha-se informado sobre a rotina de seu filho, mas sem persegui-lo ou importuna-lo a todo momento. Converse com a escola de seu filho e se for preciso reivindique segurança no local. Mas busque estar calmo e dê atenção a como o seu filho demonstra se sentir”.

Por fim, a psicóloga Mariana comenta. “É de grande importância que os pais trabalhem para encontrar o ponto certo em que medo é útil, quando ele nos faz ficar alerta para perigos e nos prepara para problemas, mas pânico nos paralisa, adoece, nos tira o foco de como podemos lidar com tudo que importa”.

A coluna Bela Manchete em conjunto com as psicólogas entrevistadas alerta: em caso de notar algum comportamento inadequado de seu filho, dependente, busque ajuda de um profissional de saúde mental.

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